domingo, 16 de novembro de 2008

Elogios

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Hoje passei a madrugada conversando com um amigo de longa data, falamos sobre livros, autores, sentimentos, sexo e um tanto de coisas, e foi bacana, falei de coisas que me incomodam, coisas que estavam presas, foi terapeutico, embora as palavras estejam longe de ser líricas, eu achei muito fofo o que ele me disse:
(01:44) Be: mas nossa amizade nunca foi naseada somente no fato de eu querer te comer
(01:44) Be: baseada
(01:44) Be: vai além disso
(01:44) Messalina: eu sei, ateh pq a sua vontade de me comer eh mais recente
(01:45) Be: a gente já conversou várias vzs sem tocar no assunto sexo
(01:45) Be: sim, como eu disse
(01:45) Be: me tornei cinico
(01:45) Be: eu já fui fiel
(01:45) Be: acreditei no amor
(01:45) Be: e essas merdas
(01:45) Be: Um satanista q acrediava em amor
(01:45) Be: eu daria um livro
(01:46) Be: Além disso, eu te comeria só pelo seu cerébro
(01:46) Messalina: qdo tivermos velhos a gente escreve nossas memorias e vende pra Hustler
(01:46) Be: é impossível não querer comer alguém tão inteligente.

Não é o tipo de elogio que estou acostumada a ouvir, em geral as pessoas falam dos meus seios, dos olhos ou da bunda, não que nunca tenham me dito que eu sou inteligente, coisa que me esforço para ser, mas assim, tão explícito, foi a primeira vez.
Fez-me bem.

Não para o homem orgulhoso
Que se afasta da lua enfurecida
Nem para os mortos de alta estirpe
Com seus salmos e rouxinóis,
Mas para os amantes, seus braços
Que enlaçam as dores dos séculos,
Que não me pagam nem me elogiam
E ignoram meu ofício ou minha arte.*

*Dylan Thomas - Em meu ofício ou arte taciturna

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